O amor: uma bússola.
- gabrielsampaio.uefs
- 1 de mai. de 2018
- 2 min de leitura
A embarcação nasce para deixar o cais.
O pássaro nasce para, um dia, deixar o ninho.
Tu és, caro aluno, marinheiro, confeccionando o teu próprio barco.
Depois de se debruçar sobre delta e bhaskara, aprender sobre a constituição do átomo, entender os conflitos das guerras mundiais, conhecer a estrutura celular e teorias demográficas, ler sofistas e estudar adjuntos adnominais, haverá o dia da tua partida.
O dia de enfrentar o mar.
Então, serás o que quiseres ser.
Controlarás tu mesmo as velas tuas, remarás com teus próprios braços, enfrentarás tempestades mil, piratas desejosos de roubar os tesouros que carregas, torcerão para que lances a tua âncora em mar aberto e a tua embarcação enferruje.
Mas haverá outras coisas: haverá amanheceres grandiosos, aves colorindo o céu, nuvens desenhando seus quadros místicos, novos portos, novos mares, mãos amigas e estrelas apontando o caminho...
Que tu cumpras a tua missão.
Realizes teus sonhos.
E que sejas, antes de tudo, feliz.
Que o dinheiro seja uma consequência, não um motivo.
Que lutes contra o machismo destruidor, o racismo e a homofobia.
Que representes causas nobres, defendas os animais e cuides do nosso planeta.
Que construas um lar, se trazes esse desejo no peito.
Ou viva, como diz a velha canção: “andando por todos os cantos”.
Que sejas pai, se trazes a paternidade dentro de ti.
Que sejas mãe, se a maternidade é um sonho.
E por que não dar uma chance a si mesmo de, ao menos uma vez, deixar ser guiado pelo próprio coração? E ter fé: na vida, no outro e em si mesmo.
Que descubras hoje o valor de viver o agora.
Que não percas nunca a esperança em um amanhã mais doce e feliz.
E que saibas fazer do amor a tua própria bússola.
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